Blog do Julio Falcão

Agosto 11 2010

Serra é poupado no Jornal Nacional

Por: Ricardo Negrão, Rede Brasil Atual

 

São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, foi o terceiro entrevistado no Jornal Nacional, da Rede Globo. Antes, passaram pela bancada Dilma Roussef (PT) e Marina Silva (PV).

 

Ao contrário das concorrentes, Serra não teve perguntas "pesadas" e quando foi perguntado sobre se levaria o modelo de privatização das estradas paulistas para o governo federal, ele contornou a resposta. "Esse modelo que diminuiu [o valor da cobrança em algumas praças da rodovia Ayrton Senna] pode ser adotado, porque você tem critérios para ser examinados." A íntegra da entrevista pode ser lida abaixo.

 

O casal de apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes não perguntou sobre o escândalo do DEM, que atingiu o sonhado vice de Serra, José Roberto Arruda, que foi preso após ser descoberto em um esquema de corrupção generalizada no Distrito Federal, que governava à época. O nome de Eduardo Azeredo (PSDB), diretamente envolvido no chamado mensalção mineiro, também não apareceu na entrevista.

 

Quando perguntado sobre seu vice na chapa, o até então desconhecido deputado federal Indio da Costa, do DEM, ele o qualificou como político preparado e disse que usou as "circunstâncias" para que fosse ele o escolhido.

 

Ao falar em corrupção, William Bonner se referiu novamente ao caso do mensalão do PT e demais partidos, como o PTB, que hoje apoia Serra como candidato.

 

Serra disse que Roberto Jefferson e o PTB não foram protagonistas do caso. Depois disse: "Ele (Roberto Jefferson) conhece muito bem o meu programa de governo, o meu estilo de governar... ...Agora, quem está comigo sabe o jeito que eu trabalho. Por exemplo, eu não faço aquele loteamento de cargos. Para mim, não tem grupinho de deputados indicando diretor financeiro de uma empresa ou indicando diretor de compras de outra. Por quê? Para que que um deputado quer isso? Evidentemente não é pra ajudar a melhorar o desempenho. É para corrupção. Comigo isso não acontece. Não aconteceu na saúde, no governo de São Paulo e na prefeitura."

 

Jefferson, logo após a entrevista apareceu no Twiiter, para comentar o tratamento dedicado a Serra na bancada do JN: "William Bonner e Fatima Bernardes facilitaram para o meu candidato. Foram mais amenos com ele."


O candidato do PSDB entrou no ar antes das duas candidatas, às 20h29. Dilma entrou no ar dez minutos mais tarde e Marina, às 20h37. Pouco depois José Serra participou da entrevista no Jornal das Dez, da GloboNews, e falou sobre autonomia do Banco Central, mudança cambial e juros, CMPF para a saúde.

 

Serra também foi perguntado sobre a coligação do PSDB com o DEM e citou Arruda pela primeira vez. "O Arruda fez muitas coisas erradas. E foi mandado embora do DEM." Depois, disse que Indio da Costa, já sabe que não ficará no gabinete, caso sejam eleitos. "Ele vai viajar pelo país para verificar os serviços governamentais. Pela primeira vez vamos ter um vice que vai ficar trabalhando."

Leia a entrevista na íntegra, publicada no G1.

Fonte: Rede Brasil Atual

publicado por Julio Falcão às 03:31
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Agosto 11 2010

Especialista em pesquisas faz previsões sombrias para Serra

O cientista político Alberto Carlos de Almeida, sócio-diretor do Instituto Análise e autor do livro “A Cabeça do Eleitor”, está distribuindo para seus clientes uma análise, em inglês, com previsões catastróficas para a campanha do candidato tucano, José Serra. Para Almeida, que já foi visto como muito próximo aos tucanos, a candidata do PT, Dilma Rousseff, tende a vencer a eleição no primeiro turno e por uma lavada de votos em relação a Serra – uma vantagem de 15 a 20 pontos percentuais.

 

Na análise distribuída aos seus clientes, Almeida faz carga contra a estratégia de marketing de Serra. Para ele, repete os mesmos erros da campanha do tucano Geraldo Alckmin em 2006 contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (a equipe de comunicação das duas campanhas é a mesma, liderada pelo jornalista Luiz Gonzalez). Em 2006, segundo pesquisas feitas pelo Instituto Análise, Alckmin era visto pelos eleitores como o mais experiente, o mais preparado para o cargo e o mais comprometido em resolver os problemas da saúde pública. Mesmo assim, perdeu, por uma margem de 20 pontos, a eleição para Lula porque o presidente era visto como o candidato que entendia os problemas dos pobres e iria aumentar a capacidade de consumo.

O mesmo padrão de imagem dos candidatos, segundo a análise de Almeida, está se repetindo agora na eleição de 2010. Serra é percebido como mais preparado e experiente do que Dilma e também como o mais empenhado com a questão da saúde. Mas a petista teria adquirido a imagem imbatível de que é a candidata que vai colocar mais dinheiro no bolso dos eleitores.

Arko Device:  Dilma tem potencial para chegar a quase 70% dos votos

Em outro estudo, disponibilizado nesta segunda-feira (9), a respeitada consultoria política, Arko Advice, fez uma análise sobre até que ponto o presidente Lula consegue transferir seus votos para sua candidata, Dilma Rousseff.

Para calcular o potencial de transferência de voto do presidente Lula, a Arko Advice analisou o que Lula conseguiu transferir para ele mesmo em 2006 quando disputou a reeleição. "Importante frisar que dificilmente Lula conseguirá transferir para a sua candidata 100% do seu prestígio, já que não conseguiu nem para si este feito em 2006", adverte a consultoria.

Em agosto daquele ano, segundo pesquisa Ibope (7 a 9 de agosto), Lula tinha 46% das intenções de voto. Nesse mesmo período, 56% dos eleitores afirmavam que aprovavam o seu governo. Ou seja, a cada 1,21 eleitor que aprovava seu governo, 1 votou no presidente.

Hoje, de acordo com a última pesquisa Ibope (2 a 5 de agosto), 85% dos eleitores aprovam o governo Lula. Assim, no melhor cenário possível onde ele consiga transferir todo o seu prestígio para Dilma, ele chegaria a 69,82% dos votos. Considerando que Dilma tem, segundo o mesmo levantamento, 39% dos votos, ela ainda tem potencial para conquistar mais 30% dos votos. Vale ressaltar que, de acordo com último levantamento do Datafolha, 24% dos eleitores ainda não sabem quem é a candidata do presidente.

Ainda de acordo com essas projeções, Dilma ainda tem potencial para crescer em todas as regiões do País. No Nordeste, por exemplo, onde a aprovação do governo atinge 91%, Dilma pode sair dos atuais 46% para 81,24% em um cenário onde Lula consiga transferir para ela todo seu prestígio.

Até mesmo nas regiões Sul e Sudeste, onde José Serra (PSDB) é mais forte, ainda há espaço para crescimento.

Na avaliação da Arko, Lula ainda não atingiu seu limite de transferência. Ela ainda tem potencial para crescer mais considerando que: 1) o governo tende a continuar bem avaliado; 2) Lula deve envolver-se ainda mais na campanha; 3) Dilma terá mais tempo de TV do que Serra; 4) Desde que começou a campanha, Dilma tem apresentado melhor performance nas pesquisas; e 5) Dilma recebe mais doações que Serra.

"No que pese a imprevisibilidade de qualquer eleição, este quadro reforça nossa avaliação sobre o favoritismo de Dilma", diz a empresa de consultoria.

Fonte: Vermelho

publicado por Julio Falcão às 00:35
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